De 1904 à 1925: Infância e Juventude

No livro “Semailles en Terre de France”, o Padre Epagneul evoca sua infância e caminhada antes de 1943:

“... Na região “Anjou”, no município de “Puy Notre Dame”... nasci numa casa ao lado da Igreja… O meu pai era comerciante em quinquilharia e naquilo tinha acrescentado mais umas outras atividades relacionadas com a riqueza tanto do “Puy Notre Dame” do que duma parte do “Anjou”: o vinho.

Passados quatro anos após o meu nascimento, o meu pai encarregou-se de cuidar de uma vinha no vale do ‘Layon’; nós deixaríamos o “Puy Notre Dame” por outro município: ‘Chavagnes-les-Eaux’.

... Meu pai e minha mãe eram de temperamentos e gostos muito diferentes, por não dizer opostos; eles não comungavam na fé...”

... Aos oito anos, depois de ter sido aluno de uma religiosa da Congregação de ‘Saint Charles d’ Angers’ e de um professor de ‘Chavagnes-les-Eaux’, eu parti para começar os meus estudos secundários... Minha mãe era uma cristã sólida originária dos ‘Aubiers’(norte do departamento das ‘Deux Sèvres’); meu pai, que não partilhava as suas convições, deixava-lhe toda a liberdade para a educação dos seus filhos. A minha mãe me pôs na instituição ‘Saint Louis’ na cidade de ‘Saumur’... no externato ‘Saint Maurille d’Angers’.

[...] “Às vezes tinha vontade de sair nas missões longínquais para aí exercitar o apostolado e também querer, com o mesmo ardor, passar a ser religioso enclausurado. Gostava tanto do trabalho da terra...!

O meu gosto para a vida presbiteral se fortificou durante os meus dois últimos anos dos estudos secundários, de 1921 à 1923; Os meus pais , cansados, tendo

vendido a sua vinha no ‘Anjo’, fixamo-nos nos arrredores da cidade de ‘Bordeaux’. Tornei-me aluno dos religiosos Maristas, no colégio ‘Grand Lebrun’.

No final do meu ano de matemáticas elementares (gostava bastante das ciências e às vezes, tinha sonhado ser engenheiro), a minha decisão já estava tomada... não sem ter requerido alguns conselhos, decidi entrar no seminário ‘Saint Sulpice’, em Paris e falei disso com os meus pais.

Eu senti que minha mãe estava feliz de minha determinação, mas quase não manifestou a sua alegria para não acrescentar a aflição provada por meu pai. Da parte dele, não houve oposição, só me pediu de cumprir os meus 18 meses de obrigação militária, antes de entrar no seminário.[...] Nisso fiquei firmado no meu projeto de consagração no serviço de Deus”.

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